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O prazer feminino é nosso direito

Autora: Lu Terra

 

Olá muito prazer! Eu sou a Lu Terra, Terapeuta Sexual Holística. 

Acho importante começar dizendo que não foi à toa que escolhi o caminho da sexualidade. Comecei com uma busca pessoal, no momento da vida em que eu estava perdida e buscando uma cura para uma ferida profunda que eu não sabia lidar.

Quando terminei o SBW (Sexological Bodywork) e comecei os primeiros atendimentos, entendi que o universo feminino é muito amplo e quase totalmente desconhecido por grande parte das mulheres. Mulheres guardam dores, vergonhas, culpas, decepções e castrações durante anos, décadas, às vezes uma vida inteira. É muito comum as questões com a sexualidade feminina ficarem no “fundo de uma gaveta” ou “embaixo do tapete” para não serem olhadas de frente.

Senti um chamado para a cura do feminino, a começar pelo meu próprio.

Vivemos numa sociedade especialista em diminuir, calar, desprezar e ridicularizar nossas falas, desejos e inclusive ignorar denúncias graves.

Como resultado, muitas mulheres se distanciam do fluxo energético do prazer e consequentemente da orgasmicidade em seus corpos.

Foi então que surgiu a formação do TSH (Terapia Sexual Holística) com foco na mulher, me proporcionando novas ferramentas bem específicas para pessoas com yoni. Hoje posso dizer que sou uma especialista no desenvolvimento na sexualidade feminina e por isso levanto a bandeira do PRAZER FEMININO COMO UM DIREITO.

Sim, porque o prazer feminino é completamente diferente do masculino e é algo que nunca é ensinado e muito menos normalizado em nossas vidas.

Quero colocar uns pontos importantes aqui:

A exploração genital masculina sempre foi algo mais aceito que a feminina. É comum que famílias e educadores reajam de forma agressiva quando uma menina explora seus genitais. Como se fosse algo para se envergonhar, algo feio e até sujo. Isso acontece muito menos com homens, não é? Como se eles tivessem direito e nós não.

Ainda hoje, mulher que gosta de sexo e fala sobre seus desejos, é vista como puta. São séculos da colonização entranhados em nossas células. O patriarcado e o machismo detonam a autoestima feminina e nos afasta de nossa verdadeira essência. Nos afastamos para nos sentirmos “dignas, merecedoras e pertencentes”, claro inconscientemente. 

As poucas escolas que incluem educação sexual em seus currículos, não ensina a importância do prazer no sexo.

Outros pontos importantíssimos:

A anatomia do pênis facilita a manipulação do menino desde sempre. As mudanças do pênis durante a adolescência deixam os meninos ainda mais íntimos (até apaixonados) pelos seus membros pois eles conseguem olhar, admirar, manipular e investigar todos os detalhes. Isso raramente acontece com as meninas pois grande parte de nossa yoni fica para dentro. A alterações na vulva não são tão perceptíveis quanto as do pênis.

Nossa anatomia é muito mais complexa. Só pra começar: Temos um lugar para fazer xixi, outro exclusivo para um tipo de orgasmo (clitóris) e outro para receber a penetração, ter bebê e sentir mais 2 tipos orgasmo (canal vaginal). Nos homens, tudo se resume ao pênis. E olha que nem falei das terminações nevosas!

A energia sexual da mulher é como água: Demora para esquentar, mas quando esquenta demora para esfriar. A energia sexual do homem é como fogo: Esquenta rápido e depois apaga. Isso quer dizer que cada um tem um tempo para chegar a um estágio de excitação. Isso não quer dizer que mulher não sente desejo como homem.

Até bem pouco tempo, o que se sabia sobre sexualidade, tinha sido trazido por homens. Como pode um homem saber de fato o que uma mulher com yoni pode sentir?

Foi em 2001 (pasmem) que uma mulher canadense, renomada médica e pesquisadora chamada Rosemary Basson desenvolveu um modelo inovador de resposta sexual que reconhece a complexidade das experiências das mulheres. Ela desafiou o modelo linear tradicional, propondo um modelo circular que considera o desejo sexual feminino como frequentemente responsivo e influenciado por fatores emocionais, contextuais e relacionais. Suas contribuições incluem a desestigmatização de problemas sexuais femininos, a valorização de uma abordagem holística da sexualidade e o empoderamento das mulheres ao compreenderem suas próprias vivências. Seu trabalho foi essencial para promover uma visão mais inclusiva e humanizada da sexualidade feminina.

 

 

No meu ponto de vista, a partir do que já foi escrito aqui, é aí que entrar a importância da educação sexual para meninas adolescentes propondo um olhar para o prazer a partir do autoconhecimento. Educação sexual não é só prevenção à ISTs e gravidez. 

O autoconhecimento é essencial para a sexualidade feminina, pois promove maior satisfação sexual, redução de inseguranças e melhora na comunicação sobre desejos e limites. Ele fortalece a autoestima, ajuda a prevenir relacionamentos tóxicos e permite maior conexão com o corpo, aumentando o desejo sexual e a autonomia. Além disso, contribui para a saúde emocional ao superar tabus e traumas, levando a uma sexualidade mais consciente, empoderada e alinhada com as próprias necessidades.

Para meninas adolescentes o trabalho é com informação através de aulas com conteúdo que abrange anatomia, saúde sexual, consentimento, relacionamentos, autoestima, emoções, diversidade, segurança online, diretos, e claro, prazer.

Já para mulheres adultas, utilizo as ferramentas do TSH (Terapia Sexual Holística) que são múltiplas e funcionam como um “lego” quando falamos da estrutura das sessões. Como somos todas diferentes, cada cliente irá percorrer um caminho distinto. No triângulo co-criaitivo proposto pelo TSH, nós terapeutas entramos com a presença e o conhecimento para que a cliente seja protagonista de suas descobertas a partir do engajamento nas jornadas.

 

 

Através de sessões co-criadas e seguras, a cliente se sentirá empoderada para ser a autoridade máxima, a principal responsável por seu próprio prazer. Ela vai entender o quando custa abrir mão disso e quais são os benefícios de ganhar novas habilidade para toda a vida.

Então, para finalizar, e se você ainda tem dúvida se a Terapia Sexual Holística é para você, quero deixar aqui registrado: A Terapia Sexual Holística é para todas as mulheres, pois todas nós temos SIM direito ao prazer!

 

Um beijo carinhoso, Lu

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Mas é importante dizer com toda a clareza e acolhimento:
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